“Como se recuperam os motivos imaginários da
viagem? E como se mede a distância obscura entre necessidade e desejo? (...)
Como saber, pergunta o historiador, por que uma
pessoa emigra e, outra, seu vizinho, que está em condições aparentemente
semelhantes, não o faz, sendo que ambas estariam submetidas ao mesmo tipo de cálculo
sobre os benefícios acarretados por sua decisão?
Esse cálculo é intangível. (...) uma fala ou
fato cotidiano, um sonho, uma imagem qualquer que foi se tornando cada dia mais
incontornável, como a de um barco enorme rompendo as ondas em direção a um
horizonte muito vasto.”
Paloma Vidal, “Viagens”, em Mais ao sul
Una vida pequeña, en medio del tráfico
que va al aeropuerto, en la cola del embarque con la maleta en la mano, tras la
ventanilla opaca y diminuta del avión que atraviesa el océano y sobrevuela las
islas por encima de las nubes; una pequeña figura en medio del planeta habitado
por millones y millones de personas que no se conocen. Una mujer rompiendo las
olas en dirección a un horizonte muy vasto. Saltando al vacío. ¿Los motivos? Imaginarios.
No hay comentarios:
Publicar un comentario