martes, 18 de marzo de 2014

Motivos

“Como se recuperam os motivos imaginários da viagem? E como se mede a distância obscura entre necessidade e desejo? (...)
Como saber, pergunta o historiador, por que uma pessoa emigra e, outra, seu vizinho, que está em condições aparentemente semelhantes, não o faz, sendo que ambas estariam submetidas ao mesmo tipo de cálculo sobre os benefícios acarretados por sua decisão?
Esse cálculo é intangível. (...) uma fala ou fato cotidiano, um sonho, uma imagem qualquer que foi se tornando cada dia mais incontornável, como a de um barco enorme rompendo as ondas em direção a um horizonte muito vasto.”
                                                            Paloma Vidal, “Viagens”, em Mais ao sul



Una vida pequeña, en medio del tráfico que va al aeropuerto, en la cola del embarque con la maleta en la mano, tras la ventanilla opaca y diminuta del avión que atraviesa el océano y sobrevuela las islas por encima de las nubes; una pequeña figura en medio del planeta habitado por millones y millones de personas que no se conocen. Una mujer rompiendo las olas en dirección a un horizonte muy vasto. Saltando al vacío. ¿Los motivos? Imaginarios. 

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